Sangria, margem de corte e margem de segurança
Quando fazemos uma compra numa gráfica, muitas vezes só percebemos a medida final do produto. A primeira impressão que temos é que o produto é cortado um a um e que podemos dispor de toda superfície do papel.
O resultado disso é mandarmos arquivos errados para produção e sermos surpreendidos por um corte mal feito, cortando partes de texto, hora para um lado, hora para outro. E assim não entendemos como esse corte pode sair tão errado.
Outro erro comum é fazermos um fundo colorido e parte do material vir com filetes brancos ou de outra cor. Mas como isso é possível se mandamos o arquivo numa cor chapada?
A explicação para isso é o corte industrial.
No corte industrial a gráfica pega uma grande quantidade de folhas de um tamanho bem grande, bate tudo tentando deixar as folhas o mais certas possível e logo depois uma poderosa lâmina de corte corta todas as folhas numa única operação.
Se você tentar juntar uma 10 folhas A4 para cortar junto vai notar a grande dificuldade de fazer isso. Agora imagine cortar 1000, 2000 ou mais folhas todas juntas, todas batidinhas. Você vai logo pensar... não vai conseguir de jeito nenhum... e está certo! Bater essa quantidade de folhas certinhas uma sobre a outra é uma tarefa impossível.
Mas pense bem, cortar 10 mil folhas uma a uma também seria uma tarefa hercúlea... totalmente impraticável.
Veja na figura o que aconteceria!